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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Usabilidade e os Sistemas Operacionais

      Usabilidade é, simplificadamente, a facilidade com que um usuário usa um software de maneira desejável. Hoje em dia, computadores não são mais só instrumentos científicos, nem mesmo artigos de luxo, Computadores Pessoais, Smartphones, Tablets etc, popularizaram seu uso e trouxeram consequências em seus aplicativos. Hoje, muitos desenvolvedores trabalham pensando em seu publico alvo, que em muitos casos podem ser indivíduos sem nenhum conhecimento de informatica. Um tipo de software em especial representa muito bem o evento da inclusão digital: os Sistemas Operacionais.

      A própria existência de um sistema operacional já facilita muito a utilização de um computador, na era dos primeiros computadores esse artificio não existia, e operar um computador exigia um conhecimento técnico muito especifico (e tarefas simples eram modularizadas entre varias pessoas). Para realizar um calculo balístico no Eniac por exemplo existia uma equipe de 80 mulheres responsáveis por operar os interruptores.
Duas mulheres operando o Eniac.
   
Uma das primeiras versões do Windows.
      Os primeiros sistemas operacionais não tinham interface gráfica nenhuma, mas já contribuíram para a quantidade de pessoas envolvidas para realizar uma tarefa. Com a evolução dos SO's, houve um empenho (ou tentativa) cada vez maior de prover usabilidade para todo tipo de usuário, criando sistemas amigáveis, fáceis e seguros.
      Porém isso também trouxe problemas, uma vez que para garantir o bom uso, muitos desenvolvedores dificultam ou bloqueiam tarefas que são interessantes para alguns usuários (cientistas da computação por exemplo) e que seriam perigosas para outros. Sistemas livres, como distribuições do linux não sofrem tanto com esse problema, porém a demanda de aplicativos para esses SO's diminui (jogos por exemplo). Será que um meio termo é possível? Um SO fácil e seguro de usar, que de liberdade a usuários especializados e que falhe pouco?
      Um caso recente do emprego duvidoso da usabilidade foi a ultima versão do sistema operacional da Microsoft, o Windows 8. Nele, os desenvolvedores buscaram criar um SO que seria simples e dinâmico de se usar, tanto em computadores pessoais quanto em smartphones ou tablets. O que aconteceu, principalmente para os usuários de computador, foi que muitos recursos práticos que existiam em versões anteriores (como o menu iniciar!) foram removidos, e no lugar foram adicionados ferramentas e estratégias comuns em dispositivos móveis, que se beneficiam mais comumente de telas sensíveis ao toque (touchscreens), como menus acionados ao colocar o mouse no canto da tela (no caso de touchscreens, coloca-se o dedo ou a caneta no canto), ou aplicativos não minimizáveis. Por essas e outras razões já foi anunciado pela microsoft o windows 8.1 que promete corrigir alguns desses problemas. (veja o preview em http://www.microsoft.com/en-us/windows/enterprise/products-and-technologies/windows-8-1/default.aspx).
      Com tudo isso, vimos que o conceito e a aplicação de usabilidade, apesar de benéfica e útil pode causar problemas para diferentes tipos de usuários. Muitos desenvolvedores, engenheiros etc, estão constantemente em busca de novas ideias e soluções para aumentar ainda mais o nível de usabilidade dos sistemas e diminuir as consequências que isso causa.

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